As propostas para a atenção básica incluem a ampliação das equipes de saúde bucal na estratégia de saúde da família e das equipes ribeirinhas. E a ampliação da atenção básica para o terceiro turno, que abrange o horário das 18h às 22h, providência que irá garantir a atenção odontológica para todos os trabalhadores brasileiros que cumprem expediente em horário diurno.

Já na média complexidade, a Federação Nacional dos Odontologistas (FNO) apresentou as seguintes propostas: ampliação e modernização dos laboratórios de prótese dentária; criação e implantação de centros de imagem na área de odontologia; e garantia de acesso para os brasileiros de todas as especialidades de Odontologia, tais como Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial; Dentística; Disfunção Têmporo-Mandibular e Dor-Orofacial; Endodontia; Odontologia Hospitalar; Estomatologia; Radiologia Odontológica e Imaginologia; Implantodontia; Odontologia Legal; Odontogeriatria; Odontopediatria; Odontologia do Trabalho; Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais; Ortodontia; Ortopedia Funcional dos Maxilares; Patologia Bucal; Periodontia; Prótese Buco-Maxilo-Facial; Prótese Dentária; Saúde Coletiva; Dentística Restauradora; Odontologia em Saúde; Coletiva Ortodontia e Ortopedia Facial; e Radiologia.

Na alta complexidade, a FNO defende a ampliação do número de Cirurgiões-Dentistas na Odontologia Hospitalar, bem como de Cirurgiões-Dentistas especialistas na área de cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Além da implantação de laboratórios de prótese de Buco-Maxilo-Facial para reposição de perdas do complexo de Buco-Maxilo-Facial por acidente ou cirurgias oncológicas.

Na área de recursos humanos, a Federação Nacional dos Odontologistas defende a aprovação do piso nacional e da carreira única para todos os trabalhadores do Sistema Único de Saúde, de acordo com o nível de formação. Proposta essa já aprovada em todas as conferências nacionais de saúde. A respectiva proposta unificará diversos projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que remetem ao mesmo pleito.

A Presidente da FNO, Joana Batista Oliveira Lopes, ressaltou também a necessidade urgente de garantir um amparo legal aos trabalhadores que cuidam de vidas como forma de justiça e de direito, tendo em vista o conhecimento científico adquirido para o exercício da profissão.

A Federação destaca ainda a importância dos sindicatos de trabalhadores fortalecerem a demanda unificada, por meio da apresentação das propostas nas etapas municipais e estaduais da 15ª Conferência Nacional de Saúde, para assim, alcançar a etapa nacional, que será realizada de 23 a 26 de novembro, em Brasília/DF.

Nesta edição, a Conferência Nacional de Saúde abordará como tema principal “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas. Direito do povo brasileiro”. O objetivo é ampliar a participação popular e aumentar o poder de decisão do controle social na formulação do Plano Nacional de Saúde e no Plano Plurianual são algumas das inovações a serem empreendidas.

O evento também pretende expandir a mobilização social de segmentos não representados em espaços não instituídos de participação. A mobilização poderá ser por tema, segmento ou região de saúde, presencial ou por meio das redes sociais, e culminará com a realização da 19ª Plenária Nacional de Conselhos e Movimentos Sociais, prevista para 7 de abril de 2015, Dia Mundial da Saúde.

De março a outubro de 2015 acontecerá as etapas municipais e estaduais da Conferência Nacional de Saúde, com a finalidade de indicar diretrizes e eleição de delegados e delegadas. A próxima fase será a própria realização da 15ª Conferência Nacional de Saúde. É o espaço máximo de deliberação e contará com o conjunto de diretrizes ascendentes das etapas anteriores. O objetivo é construir diretrizes nacionais para compor o Relatório Final, com a perspectiva de construção de um “Plano Decenal para a saúde brasileira”.

Outra importante inovação é a criação da quarta etapa, que é a pós-Conferência Nacional, com o intuito de estabelecer mecanismos e instrumentos para monitorar e avaliar, no período de quatro anos, as deliberações aprovadas.